sábado, 31 de agosto de 2013

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(31 de Agosto de 2002, morre o compositor de jazz norte-americano, Lionel Hampton)

LIONEL HAMPTON - «My Buddy»

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(Referente ao dia 30 de Agosto)

U2 - «Discotheque»
Discotheque by U2 on Grooveshark
Poet'anarquista

DISCOTECA

Você pode alcançar, mas não pode pegar
Você não pode segurar,controlar,
você não pode embrulhar.

Você pode empurrar, mas não pode direcionar
Circular, regular,oh não,
você não pode estabelecer conexões

Você sabe que está mascando chiclete
Você sabe o que é isso, mas ainda quer um pouco
Você não consegue enjoar daquela coisa agradável.

Você fica confuso, mas você sabe
É, você machuca por isso,trabalha por isso, AMOR
Você nem sempre o mostra

Relaxe, vamos lá discoteca
Vamos, relaxe, discoteca

Procurando a pessoa especial
Mas você sabe que está em outro lugar
Você quer ser uma canção
A canção que você ouve na sua cabeça
Amor, amor, amor, amor.

Não é truque, você não pode aprender
É o modo como você não paga, é OK
Por que você não pode ganhar

Você sabe que está mascando chiclete
Você sabe o que é isso,
Mas ainda quer um pouco
Você não consegue satisfazer daquela coisa agradável.

Relaxe, vamos lá, discoteca
Vamos, relaxe discoteca

Procurando a pessoa especial
Mas você sabe que está em outro lugar
Eu quero ser a canção
A canção que você ouve na sua cabeça
Amor, amor, amor.

Mas você aceita o que pode conseguir
Porque é tudo que pode encontrar.
Ah, você sabe que há algo a mais
Mas esta noite, esta noite, esta noite.
Bum cha, Bum cha, Bum cha Discoteca.

U2

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

BLUE ÓYSTER CULT
«Maserati GT (I Ain't Got You)»
Maserati GT (I Ain't Got You) by Blue Öyster Cult on Grooveshark
Poet'anarquista

MASERATI GT, (MAS NÃO TENHO VOCÊ)

Eu tenho um Maserati GT 
Com estofos em pele de cobra. 
Eu tenho uma conta corrente no Goldblatt, 
Mas eu não tenho você. 
Tenho um armário cheio de roupas,
Mas não importa onde ele vai, 
Ele mantém um anel no nariz,
Mas eu não tenho você. 
Não, eu não tenho você. 

Eu tenho uma taberna e uma loja de bebidas. 
Eu jogo os números, sim, quatro e quarenta e quatro. 
Tenho uma mojo, sim, você não sabe, 
Eu estou toda vestida sem nenhum lugar para ir. 
Cheguei mulheres à minha direita. 
Cheguei mulheres à minha esquerda. 
Eu tenho as mulheres ao meu redor, 
Mas eu não tenho você. 
Não, eu não tenho você.

Blue Óyster Cult

SÉTIMA ARTE - INGRID BERGMAN

A actriz sueca Ingrid Bergman, nasceu em Estocolmo, a 29 de Agosto de 1915. Foi três vezes premiada com o «Oscar» de melhor actriz, duas delas como principal e uma como melhor actriz secundária. Contracenou com o sedutor Humphrery Bogart, em «Casablanca», e em «Sonata de Outono» com a famosa actriz Liv Ullmann. Os dois pequenos excertos de vídeo que se incorporam, dizem precisamente respeito a esses dois grandes filmes que a sétima arte produziu. Ingrid Bergman (assim quis o destino) acabou por falecer no dia do seu aniversário, 29 de Agosto de 1982.
Poet'anarquista
Ingrid Bergman
Actriz Sueca
SOBRE A ACTRIZ…

Ingrid Bergman (1915-1982) foi uma atriz sueca. «Casablanca», «Por Quem os Sinos Dobram», «À Meia Luz» e «A Bela e a Fera», foram filmes que imortalizaram o seu nome.

Ingrid Bergman nasceu em Estocolmo, Suécia, no dia 29 de Agosto de 1915. Estudou na Escola Real de Arte Dramática. Apresentou-se no teatro e fez nove filmes na sua terra natal. Foi casada com o cirurgião Lindstron, com quem teve uma filha, Pia Lindstron.

A sua fama universal começou quando o cinema americano a descobriu. Convidada pelo produtor David O. Selznick, em 1936, Ingrid deixa a Suécia. Em 1939, brilha no filme «Intermezzo, Uma História de Amor». Outros sucessos consagraram a atriz como «a segunda Greta Garbo». Filmou «Casablanca» (1942), «Por Quem os Sinos Dobram» (1943), «A Meia Luz» (1944) e que lhe deu o Oscar de Melhor Atriz, «Interlúdio» (1946) e «Joana D'Arc» (1948).

Dona de uma beleza extraordinária, Ingrid Bergman era adorada pelo público. Mas perdeu o seu prestigio quando escandalizou o mundo após abandonar o seu marido e a filha, para ir viver com o diretor italiano Roberto Rosselini, em 1949. Os filmes «Stromboli» (1950), «Europa 51» (1951) e «Nós as Mulheres» (1953), que fizeram juntos, não obtiveram, na época, o sucesso esperado, depois foram inteiramente reconhecidos e admirados. O casal teve três filhos, Robert e as gémeas Isolla e Isabella.

Em 1956, em Roma, foi convidada pelo ator Humphrery Bogart para voltar a filmar em Hollywood. Ingrid inicialmente aceita, apenas para filmar na Europa. Nesse mesmo ano o filme «Anastácia a Princesa Esquecida» realizado na Grã- Bretanha, representou o seu regresso a Hollywood e rendeu-lhe um segundo Oscar de melhor atriz.

«Casablanca»
Ingrid Bergman em cena com Humphrery Bogart

Em 1957, Rosselini vai à Índia e conhece a indu Somali Das Gupta. Os rumores do romance entre os dois põe fim a união de nove anos, entre Rosselini e Ingrid Bergman. Ainda negando a separação, Ingrid parte para Paris, a fim de representar, no teatro, «Chá e Simpatia». O produtor da peça era Lars Schimidt, um rico industrial. No dia 23 de dezembro de 1958, Ingrid casa-se pela terceira vez com Lars e afirma: «Se fui infeliz na primeira e na segunda experiência, posso tentar uma terceira». Nesse mesmo ano a sua reabilitação foi confirmada no filme «Indiscreet».

Em paz com Hollywood, fez vários outros filmes, entre eles «Mais Uma Vez, Adeus» (1961), «A Visita da Velha Senhora»(1964). Ganhou o terceiro Oscar, desta vez como melhor atriz coadjuvante em «Assassinato no Expresso Oriente»(1974). Em 1978, em «Sonata de Outono», contracena com a famosa actriz Liv Ullmann. 

«Sonata de Outono»
Ingrid Bergman em cena com Liv Ullmann

Mas Ingrid Bergman há oito anos que lutava contra doença maligna, vindo a falecer em Londres, no dia 29 de Agosto de 1982.
Fonte: e-biografias
«CASABLANCA»

INGRID BERGMAN/ HUMPHRERY BOGART

«SONATA DE OUTONO»

INGRID BERGMAN/ LIV ULLMANN

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

JOE PURDY
«Brown Suits and Cadillacs»
Brown Suits and Cadillacs by Joe Purdy on Grooveshark
Poet'anarquista

TERNOS PRETOS E CADILLACS

Caminhe pela manhã com os sapatos desgastados
Apanhe a pneumonia balançando e o blues em águas pantanosas 
E seu frio na rua e tudo o que posso fazer é sorrir 
Saí de sua casa com o meu cabelo numa bagunça 
E tudo que eu conseguia pensar é o seu vestido de verão azul
E o jeito que você me beija 
E a maneira que seu beijo tinha um jeito 
Oh os bons dias velhos para trás em sua casa
que você convidar todos os seus parentes
 Eles se reúnem em volta assistindo indo com o vento 
Vovô diz que, sinceramente, eu não dou a mínima se você fizer 
Sim, mas eu sabia que sua mãe e eu sabia que seu pai 
Sim, nós crescemos juntos no velho Arkansas 
Costumávamos subir em árvores e as mãos como se cair no lago 
Oh os bons dias velhos 
Oh aqueles bons dias velhos 
Sim, bem, você costumava me chamar quando você não conseguia dormir
Sim, e eu viria até sua varanda a beber 
Sim, e você se senta no balanço da varanda da frente e balança 
Nós saimos para um fim de semana e se encontram no gramado 
Sim, eu e os rapazes iríamos começar a cantar algumas canções 
Se você beber bastante vinho sim você canta como você balançou 
Oh os bons dias velhos na caminhada pela manhã com sapatos desgastados 
Apanhei a pneumonia de balanço e do blues em águas pantanosas
E seu frio na rua e tudo o que nós podemos fazer é sorrir 
Eu deixei a sua casa com o meu cabelo numa bagunça
E tudo que eu conseguia pensar era no seu vestido de verão azul 
E o jeito que você me beija 
E a maneira que seu beijo tinha um jeito 

Joe Purdy

PINTURA - FERNANDO AZEVEDO

O pintor português José Fernando Neves de Azevedo, conhecido como Fernando Azevedo, nasceu em Vila Nova de Gaia, a (?) de 1923. Nome incontornável do surrealismo português, foi um dos fundadores do projecto surrealista  de Lisboa, em 1947 e presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes. Fernando Azevedo faleceu em Lisboa, a 28 de Agosto de 2002.
Poet’anarquista
Fernando Azevedo
Pintor Português
SOBRE O ARTISTA...

Formou-se na Escola de Artes Decorativas de António Arroio, em Lisboa. Inscreveu-se depois na Escola de Belas Artes de Lisboa, que acabaria por abandonar.

Expôs pela primeira vez em 1943, com Vespeira e Júlio Pomar. Acompanhou o início do movimento neorrealista em 1945-46, mas logo no ano seguinte foi cofundador do Grupo surrealista de Lisboa (um movimento com objetivos contrastantes com os do neorrealismo); em 1949 participou na primeira e única exposição do grupo, que se desfez pouco depois.

Em 1952 foi um dos três participantes na importante exposição realizada na Casa Jalco, Lisboa, que os artistas dedicaram ao precursor do surrealismo em Portugal, António Pedro. «Uma exposição de óleo, fotografia, guache, desenho, ocultação, colagem, linóleo, constituída por três «Primeiras exposições Individuais» de Fernando de Azevedo, Fernando de Lemos e Vespeira.

Participou em inúmeras exposições coletivas, tendo recebido um 1º Prémio de Pintura na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1961 (catálogo, obras nº 74-77).

Desde a 1947 desenvolveu atividade não apenas como artista mas também como crítico de arte (Mundo Literário e Horizonte); ao longo da sua vida publicou textos na imprensa, em catálogos, livros e revistas da especialidade, nomeadamente na Revista Colóquio-Artes (editada pela Fundação Calouste Gulbenkian entre 1971 e 1996), da qual também foi Consultor Artístico.

Ocupou sucessivamente os cargos de Assessor da Direção, Diretor-Adjunto (1989-92) e Diretor (1992-94) do Serviço de Belas Artes da Fundação Calouste Gulbenkian.

Exerceu a presidência da Direção da Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses entre 1972 e 1974. Foi vice-presidente e presidente da Secção Portuguesa da AICA (1977-1979 e 1987-1994). Foi presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes entre 1979 e 2002.
Fonte: Wikipédia
«Ocultação»
Fernando Azevedo

«Homenagem a Picasso»
Fernando Azevedo

«Homenagem a Luís Bruñuel»
Fernando Azevedo

«Guerreiro e Paisagem com Espelho»
Fernando Azevedo

«A Cigarreira Breve»
Fernando Azevedo

«Cidade ou Cidade»
Fernando Azevedo

«Sem Título»
Fernando Azevedo

terça-feira, 27 de agosto de 2013

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

JOHN MELLENCAMP - «Rain on the Scarecrow»
Rain on the Scarecrow by John Mellencamp on Grooveshark
Poet'anarquista

CHUVA NO ESPANTALHO

Espantalho num pássaro preto em cruz de madeira no celeiro 
Quatrocentos hectares vazios que costumava ser minha fazenda 
Eu cresci como meu pai fez e meu avô cancelou esta terra 
Quando eu tinha cinco anos eu andei a cerca,
Enquanto o vovô segurou minha mão 

Chuva no espantalho sangue no arado
Chuva no espantalho sangue no arado

 Esta terra alimentou uma nação
Esta terra fez-me orgulhoso e filho
Eu só estou triste não há nenhum legado para você agora

Chuva no espantalho sangue no arado 
Chuva no espantalho sangue no arado 

As culturas que cresceram no ano passado
Não foram suficiente para pagar os empréstimos 
Não podia comprar a semente para plantar na Primavera deste ano
e do Banco Agricultores impedidos 
Chamou meu velho amigo Schepman até leiloar a terra 
Ele disse John é apenas o meu trabalho e eu espero que você entenda 
Hey, chamando-o de seu trabalho, certeza de não fazer tudo certo 
Mas se você quer que eu diga uma oração por sua alma esta noite 
E a avó no balanço do alpendre com uma Bíblia na mão 
Às vezes eu ouço-a cantando "Leve-me para a Terra Prometida" 
Quando você tira a dignidade de um homem
Que ele não pode trabalhar seus campos e vacas

Haverá sangue no espantalho sangue no arado 
Sangue no espantalho sangue no arado 

Bem, há noventa e sete cruzes plantadas no quintal tribunal 
Noventa e sete famílias que perderam noventa e sete fazendas 
Eu penso sobre o meu avô e meus vizinhos e meu nome 
E algumas noites eu sinto que estou morrendo como espantalho

Em que a chuva no espantalho sangue no arado 
Em que a chuva no espantalho sangue no arado 

Esta terra alimentou uma nação
Esta terra fez-me orgulhoso e filho
Só lamento que eles são apenas lembranças para você agora 
A chuva sobre o espantalho sangue no arado 

Chuva no espantalho sangue no arado 
Chuva no espantalho sangue no arado 

Esta terra alimentou uma nação
Esta terra fez-me orgulhoso e filho
Só lamento que eles são apenas memórias para você agora 

Chuva no espantalho sangue no arado 
Chuva no espantalho sangue no arado

John Mellencamp

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

CARTOON versus QUADRAS

O Parecer da Juíza
HenriCartoon

«O PARECER DA JUÍZA»

Este processo está anulado…
Quando o marido bate na mulher
Ninguém deve meter a colher…
Não é caso pra ser aqui julgado!

Sem morte, o crime fica adiado
Até o marido matar a mulher
E o acto se dar por consumado…
Sentença: salve-se quem puder!!

POETA

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

LITTLE WALTER - «Sad Hours»

domingo, 25 de agosto de 2013

CURIOSIDADE

No dia 25 de Agosto de 2004, uma equipa de cientistas europeus liderada pelo português Nuno Cardoso, anuncia a descoberta de um planeta fora do sistema solar, com massa 14 vezes superior à Terra.
Poet’anarquista
Alfa Centauro
Planeta 14 vezes a Terra

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

MARK KNOPFLER - «Our Shangri-La»
Our Shangri-La by Mark Knopfler on Grooveshark
Poet'anarquista

NOSSO SHANGRI-LA 

É o fim de um dia perfeito para todos os meninos e meninas surfistas
Os sóis caindo na baía, caiem no mundo
Há um diamante no céu, a nossa pedra noite no nosso Shangri-La

Obtendo esse fogo que queima forte aqui e agora
O aqui e, em seguida, a sua ida, nenhum segredo de qualquer maneira
Nós nunca poderemos amar novamente a música de guitarras em nosso Shangri-La

Hoje à noite a sua beleza queima em minha memória
A roda do céu acima de nós se transforma incessantemente
Isso tudo é o céu que temos, aqui onde estamos em nosso Shangri-La

Hoje à noite a sua beleza queima em minha memória
A roda do céu acima de nós se transforma incessantemente
Isso tudo é o céu que temos, aqui onde estamos em nosso Shangri-La

No nosso Shangri-La
No nosso Shangri-La

Mark Knopfler

sábado, 24 de agosto de 2013

POESIA - MATIAS JOSÉ

«Três Figuras sobre uma Árvore» 
Picasso (arte africana)

TERCETO SEM JEITO

Estou sem jeito…
Queria fazer um soneto
Mas saiu-me terceto.

Tenho por conceito
Que nada feito
A esse respeito;

Ou sai a preceito
E bem direito,
Ou logo é desfeito!

Se com ele me deito
Dentro do peito,
Não tenho proveito…

Surge efeito
Quando o sujeito
Fica satisfeito.

E se me deleito
Com esse amor perfeito,
Em mim o estreito!

Quando suspeito
Que é insuspeito,
Depressa o rejeito…

Poema imperfeito,
Escrito a eito
Mas sem preconceito!

Matias José

POESIA - MATIAS JOSÉ

«Insónia»
Fernando Ureña

INSÓNIA DOS DIAS

Dorme comigo a insónia dos dias…
Meu quarto, janela aberta no muro
Onde o sono vagueia p’las noites frias,
Guarda segredos num silêncio escuro.

Passam as horas, sem haver descanso,
De olhos fechados e mente desperta…
Por que é de noite, eu nunca me canso
Remar contra o tempo em hora incerta.

Soa, longínquo, o cantar madrugador
Do velho galo no seu tom provocador;
P’la manhã, quando pretendo sossegar,

O som da azáfama torna-se assustador!
A insónia persiste, sem me abandonar,
E ao dia peço para a noite não chegar.

Matias José

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

BAD COMPANY - «Rock Steady»
Rock Steady by Bad Company on Grooveshark
Poet'anarquista

ROCK ESTÁVEL

Bem, quando eu quero rock estável (yeah)
Eu sei que eu tenho que ficar pronto
Fecho os meus olhos e deixo-me ir
Ouça querida, deixe a música fluir (yeah)

Ligue sua luz
E fique comigo um tempo
A aliviar sua mente preocupada
Ligue a luz (agora gata)
E fique comigo um tempo
Rock estável

Quando o meu amor fica um pouco mais alçada (rock estável)
Ela é minha e eu tenho que ficar pronto (sim)
Fecho meus olhos e deixo-me ir (rock estável)
E ouvir e deixar a música fluir

Bad Company

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ESCULTURA - NAUM GABO

O escultor russo Naum Neemia Pevsner, conhecido como Naum Gabo nasceu em Briansk, no dia 5 de Agosto de 1890. Foi um proeminente escultor russo que se destacou no movimento construtivista, e um dos pioneiros da arte cinética. Naum Gabo adquiriu a nacionalidade americana, em 1952, vindo a falecer em Connecticut, no dia 23 de Agosto de 1977.
Poet’anarquista 
Naum Gabo
Escultor Russo
SOBRE O ESCULTOR…

Pioneiro da arte construtiva, Naum Neemia Pevsner nasceu na Rússia em 1890. Começou a fazer escultura construída na Noruega, em 1915, altura em que passou a usar o nome de Naum Gabo. Ele e o seu irmão Antoine Pevsner, voltaram para a Rússia na época da Revolução. Em 1920, Gabo escreveu o Manifesto realista, uma expressão dos objetivos e filosofia por trás da sua arte, que foi assinada por Antoine Pevsner e posto a circular nas ruas de Moscovo. Em 1922, Gabo deixou a Rússia e viajou a Berlim para expor no Erste Russische Kunstaustellung (A Primeira Exposição de Arte Russa), na Van Diemen Galerie. Só regressou à Rússia no ano de 1962 para visitar a sua família, mas vive e trabalha em Berlim até 1932, fazendo esculturas construídas e uma série de projetos arquitetónicos.

Em 1932 deixou a Alemanha e foi para Paris, permanecendo lá até 1936, e depois seguiu para Inglaterra. Durante esse tempo editou Circle: Pesquisa Internacional de Arte Concreta (1937) , com Leslie Martin e Ben Nicholson; participou de uma série de exposições e casou-se com Miriam Israels, em 1936. Visitou os EUA em 1938, mas passou a guerra em Cornwall, onde sua filha, Nina, nasceu. A família deixou a Inglaterra para ingressar nos EUA, em 1946.

Gabo expôs amplamente nos EUA e Europa, e lecionou na Universidade de Yale, Harvard e Chicago. Tornou-se cidadão americano em 1952, lecionando na Escola Harvard University Graduate of Architecture (1953-1954), e entregou as Mellon Lectures AW em 1959, em Washington DC. Completou uma série de grandes comissões, entre as quais a escultura de pé livre com 25 metros de altura, para o Edifício Bijenkorf em Roterdão. Em 1971 foi premiado com um KBE honorário pela Rainha Elizabeth II. Continuou a receber honras, prémios, comissões e o reconhecimento internacional até ao final de sua vida. Morreu em Connecticut, em 1977.
Fonte: http://www.naum-gabo.com/biography/
«Cabeça»
Naum Gabo

«Cabeça de Mulher»
 Naum Gabo 

«Cabeça em Nicho»
Naum Gabo 

«Torso Rotativo»
Naum Gabo 

«Esférica»
Naum Gabo 

«Coluna»
Naum Gabo 

«Fontanário - Torção Rotativa» 
Naum Gabo 

«CONSTRUTIVISMO»
NAUM GABO

CARTOON versus QUADRAS

Os Atributos da Rita
HenriCartoon

«OS ATRIBUTOS DA RITA»

Sou Rita Pacoteira, a do pacote
Naturalmente tonificado em 'on'…
Dois profes deram-me este dote,
O ginásio implantou-me o silicone!

Apreciem à minúcia o rico traseiro,
E digam: quem é que não deseja
Os glúteos onde investi o dinheiro?
Até o meu cirurgião diz ter inveja…

POETA

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

THE AVETT BROTHERS 
«Hand-Me-Down Tune»
Hand-Me-Down Tune by The Avett Brothers on Grooveshark
Poet'anarquista

PASSE-ME PARA BAIXO SINTONIA

Eu sonhei com um terno de um terno tão bem vesti as minhas palavras
Costuradas e feitas sob medida com uma canção em mente feita de melodia
Costurada por fios de notas com afinação perfeita, perfeitamente composta
Som em sintonia e chave, um código de ritmo e harmonia
Mas quando acordei o meu casaco foi desgastado e as minhas palavras eram simples
Cada canção que eu cantei todas as notas estavam erradas e mal tocadas
As mangas tinham buracos, meus joelhos foram corrigidos, meus sapatos necessárias solas
Ninguém inteligente disfarça nenhuma maneira de esconder o meu tom ofensivo
Mas eu, eu desejo para você mais do que posso dar, do que eu posso fazer
Sim, você, você merece o melhor hino, minha mão passa-me para baixo sintonia
Sim, você, você merece o melhor hino, minha mão passa-me para baixo sintonia

The Avett Brothers

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

CARTOON versus QUADRAS

O Imperador
HenriCartoon

«O IMPERADOR»

-Diz aqui que um tal de Júlio César
( Homem na Itália sempre a brilhar)
Está  em vias de se poder ofuscar…
(O Benfica é quem o quer enterrar)

-Quem, eu?... desde o ano 44 aC
Que Gaius Julius Caesar se finou!...
Zé, será que o Benfica ainda crê
Que o grande imperador voltou?

POETA

CARTOON versus QUADRAS

Ventos da Discórdia
HenriCartoon

«VENTOS DA DISCÓRDIA»

Esta má ventania nunca engana
Só pode vir do lado do Ocidente,
Traz o cheiro de uma certa gente
Que teima em cantar alentejana...

A culpa é dos tipos do Cont’nente,
De uma tal Grândola, vila morena
Com a mania de quem mais ordena...
Por cá, ordeno eu… obviamente!

POETA

CARTOON versus QUADRAS

A Passada
HenriCartoon

«A PASSADA»

-Quem achas em melhores condições
Pra ultrapassar as fases negativas…
O Paços nesta Liga dos Campeões,
Ou Passos nas próximas legislativas?

-Puto, penso não existirem soluções,
Ambos esgotaram as alternativas…
Ao Paços já se foram dez milhões,
O outro Passos, por razões intuitivas!

POETA 

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

THE ALLMAN BROTHERS BAND
«Pegasus»

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ESPECIAL MÚSICAS DO MUNDO

E a música especial de hoje é...
(21 de Agosto de 1989, morre o poeta e músico brasileiro, Raul Seixas)

RAUL SEIXAS 
«Metamorfose Ambulante»
Metamorfose Ambulante by Raul Seixas on Grooveshark
Poet'anarquista

METAMORFOSE AMBULANTE

Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo...

Eu quero dizer
Agora o oposto
Do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo...

Sobre o que é o amor
Sobre o que eu
Nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator...

É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo...

Sobre o que é o amor
Sobre o que eu
Nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator...

Eu vou desdizer
Aquilo tudo que eu
Lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo...

Do que ter aquela velha, velha
Velha, velha, velha
Opinião formada sobre tudo.

Raul Seixas

«AUTO-RETRATO», POR O'NEILL

O português Alexandre O'Neill, descendente de irlandeses, foi um importante poeta do movimento surrealista. O'Neill faleceu em Lisboa, a 21 de Agosto de 1986. Presta-se mais uma vez homenagem neste espaço, hoje com a publicação do soneto «Auto-Retrato». Boa leitura... a brincar e a sério!
Poet'anarquista
Caricatura do Poeta Alexandre O'Neill
Caricaturista: António (Antunes)

AUTO-RETRATO

O’Neill (Alexandre), moreno português, 
cabelo asa de corvo; da angústia da cara, 
nariguete que sobrepuja de través 
a ferida desdenhosa e não cicatrizada. 

Se a visagem de tal sujeito é o que vês 
(omita-se o olho triste e a testa iluminada) 
o retrato moral também tem os seus quês 
(aqui, uma pequena frase censurada...) 

No amor? No amor crê (ou não fosse ele O’Neill!) 
e tem a veleidade de o saber fazer 
(pois amor não há feito) das maneiras mil 

que são a semovente estátua do prazer. 
Mas sobre a ternura, bebe de mais e ri-se 
do que neste soneto sobre si mesmo disse... 

Alexandre O’Neill

CARTOON versus QUADRAS

Os Malefícios do Facebook
HenriCartoon

«OS MALEFÍCIOS DO FACEBOOK»

-Filha, vou manifestar a minha opinião...
Passas demasiado tempo no facebook,
Assim podes arranjar uma depressão!
(Pra se abrir conta terá algum truque?)

-Ainda bem mãe, a depressão emagrece...
Logo... o meu corpo vai ter outro look!

-Não fales nisso, ser gorda me entristece…
Mas, e a conta, é facebook ou facelook??

POETA

4º E ÚLTIMO CAPÍTULO - «UM CONTO», POR AMADEUS SARABAND

Chega hoje ao (fim?...) a história «Um Conto», por Amadeus Saraband. O personagem e figura central da obra, Rufino Potra, alentejano de nascimento e que um dia partiu para terras de África, mais precisamente para a cidade de Luanda, em Angola, regressa definitivamente à sua terra natal. Para trás fica um passado de venturas e desventuras, encontros e desencontros, e as raízes criadas no saudoso continente africano; traz consigo o seu grande amor, Ana Milongo, e mais tarde se irão juntar seus filhos gémeos João e Jacinto, as gémeas Rosalía e Evita, e os respectivos netos. A família, agora bem mais numerosa, estava finalmente reunida na pacata vila alentejana, berço natal de Rufino José Potra.
Poet'anarquista

Ler aqui:

«UM CONTO», por Amadeus Saraband
  
4º e último capítulo
Região onde nasceu Rufino Potra
Por JPGalhardas

Passado que foi um ano, quando os desgostos, as raivas e as desilusões se foram atenuando, quando se impôs a necessidade da sobrevivência económica e a saúde mental estava por um fio, foi a altura de ultrapassar tudo o que estava para trás e prosseguir. E esse caminho foi encontrado por Rufino e Ana Milongo na região em que ele tinha nascido.

E naquela rua da Vila, muito perto do Jardim das Meninas, junto à casa em que Rufino tinha nascido, na vizinhança do castelo medieval, numa região muito famosa pela sua cozinha, surgiu um restaurante que fazia a diferença.

O Vizinho Castelo Medieval 
Por JPGalhardas

Claro que as açordas e as migas, as sopas de cação, os cozidos de grão, eram os pratos fortes da casa. Uma ou outra caldeta, também brilhava na ementa. Contudo, volta e meia, aparecia um cliente, por vezes vindo de longe  –  também retornado  –  que pedia com grande à vontade:

 – « Oh comadre Ana, que mal pergunte, o compadre Rufino que diga quando é que comemos a muamba de galinha ! » 

Era o Rufino na cozinha, e a Ana Milongo às mesas, aviando a freguesia com a ligeireza que o reumático permitia.

Era o Alentejo a absorver mais um caldinho de cultura culinária, com gente que vinha de fora, como, aliás, sempre tinha acontecido ao longo dos séculos.

E foi assim que aquele casal de velhos, começou a ultrapassar o problema da sobrevivência económica.

Mas faltava alguma coisa naquelas vidas!

Era a questão dos afectos a mordê-los por dentro.

Os Afectos
Por JPGalhardas

As notícias dos filhos eram muito raras, e quando ainda escasseavam mais, instalava-se naquela casa um clima de tal tristeza que muito dificilmente ultrapassavam.

Foi por volta de 1985 que os filhos começaram a aparecer.

O primeiro foi o Jacinto. Quando deixou o governo angolano, passou a integrar a embaixada de Angola na capital espanhola e um dia apareceu no restaurante acompanhado da mulher e dos filhos. Não cabem nesta narrativa as manifestações de alegria que se seguiram, porque demorariam muito tempo a descrever, mas bem podem imaginar como foram, sobretudo por parte da avó.

Depois foram as gémeas, Rosalía e Eva. Apareceram juntas e, como era habitual, à bulha uma com a outra. Vinham para ficar.

Rosalía e Evita Discutindo
JPGalhardas

Ambas traziam filhos, mas vinham sem marido. Nem nunca se soube ao certo se alguma vez o tinham tido. Nunca lhes foram pedidas explicações sobre esse assunto, nem elas as deram.

Segundo disseram, sobretudo a Eva, a sua contribuição para a independência de Angola, tinha chegado ao fim.  Agora, competia às novas gerações prosseguir o caminho que tinha sido iniciado há mais de vinte anos atrás. E embora continuassem fiéis aos princípios que as tinham norteado, não lhes agradava falar muito sobre o assunto. Ainda, muito em jeito de desabafo, a Eva sempre foi dizendo que não lhe agradava o rumo que o governo angolano estava a dar ao país.

Vinham para trabalhar e ficar perto dos pais. Elas, e os filhos.

Mas foi o Jacinto quem trouxe a melhor notícia. E fora para dar essa novidade que tinha vindo ter com os pais tão rapidamente, pois ainda nem sequer tinha tido tempo de se instalar em Madrid.

O mano João estava vivo; estava em Moçambique; casado e com filhos.

Apenas tomara conhecimento disso poucos dias antes.

João e Jacinto jogando Xadrez
Por JPGalhardas

Depois da tentativa do chamado levantamento “Nitista”, contra o governo de Angola, em meados de 1977, e em que o mano João estivera profundamente envolvido, fugira para Cuba e, mais tarde, entrara clandestinamente em Moçambique. Aí se mantivera numa semi-clandestinidade, constituíra família, e ele, Jacinto, estava agora a tratar do assunto a fim de o trazer para Portugal. Deixara a política e trabalhava na cidade da Beira.

Eva  –  Evita  –  como era tratada em família, foi trabalhar para Évora, deixando os filhos, dois magníficos rapazes, cor de chocolate, na companhia dos avós, com o fim de prosseguirem os estudos secundários que ainda tinham iniciado em Angola.

Rosalía iria trabalhar com o irmão Jacinto na embaixada de Angola, em Madrid. E deixaria as duas filhas com os avós, também para estudarem no colégio local.

Foi então que de Moçambique chegou o João.

Trazia com ele a mulher, uma mulata alta e bonita. E as duas filhas, que eram a cara chapada da avó Ana.

Nessa altura Rufino Potra e Ana Milongo, realizaram o seu maior sonho: Juntar à mesa todos os filhos e netos.

E aquela vila alentejana, nesse verão de meados da década de oitenta, ficou marcada por gente que, vinda doutras paragens, fez daquela terra o seu ponto de encontro.

Monte do Meio, perto da Vila Alentejana
Por JPGallhardas

A planície se encarregaria de os integrar, tal como vem acontecendo há milénios, com todos os que aqui chegaram.
FIM

Amadeus Saraband

PS- Os meus agradecimentos ao escritor Amadeus Saraband pela partilha de «Um Conto».
Poet'anarquista