domingo, 28 de julho de 2013

POESIA - MATIAS JOSÉ

Cisterna de Monsaraz
Foto: Poet'anarquista

A CISTERNA

Pendem do tecto da antiga cisterna
Cordões doirados a ornamentar,
Iluminados p’ los raios de luz solar
Em cenário natural da era moderna.

Abobadada, com arcada perfeita,
Recolhe as águas no seu interior
Que escorrem de um piso superior…
No silêncio da noite, a paz aí se deita.

Ao longe, na imensidão do horizonte,
Uma vasta planície de terra alagada
Faz despertar no olhar outra alvorada;

A vila adormece com a lua defronte
Guardando histórias de antigamente...
Na cisterna, a água descansa acoplada.

Matias José

1 comentário:

Anónimo disse...

Soneto perfeito para a cisterna. Na vila de Monsaraz, aí jaz tal e qual como a descrição narrativa do poeta. Uma agradável surpresa esta visita!