sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

POESIA - SALVADOR ESPRIU

O poeta, escritor e dramaturgo espanhol Salvador Espriu i Castelló, nasceu em Santa Coloma de Farnés, a 10 de Julho de 1913. Grande recreador e defensor da língua catalã contemporânea, ficou igualmente conhecido como o poeta catalão da liberdade. Salvador Espriu faleceu em Barcelona, a 22 de Fevereiro de 1985.
Poet’anarquista
Salvador Espriu
Poeta Catalão
SOBRE O POETA…

Poeta, escritor e dramaturgo espanhol, Salvador Espriu i Castelló foi um dos grandes inovadores da literatura catalã contemporânea. 

Depois de estudar direito e interessado ​​em filologia clássica e educação, os seus objetivos nunca foram atingidos após a Guerra Civil Espanhola e à proibição da língua catalã. Por um longo período de inatividade, onde trabalhou num cartório, acaba de publicar um texto. 

Defensor da sua língua, Espriu foi um dos fundadores da Associação de Escritores em Língua Catalã e foi preso por protestar na ocasião com outros intelectuais da época. 

O seu trabalho inclui muitas obras com mais de 40 anos de carreira, destacando «Sinera Cemitério e Pele de Boi», a sua obra mais conhecida. 

Vencedor de prémios como Montaigne, o Prémio Honra de Letras Catalão ou Medalha de Ouro da Cidade de Barcelona, ​​Espriu foi nomeada para Prémio Nobel da Literatura em duas ocasiões.
Fonte: http://translate.google.com/

SEPHARAD

Às vezes é necessário e forçoso
que um homem morra por um povo,
mas nunca há-de morrer todo um povo
por um só homem: recorda isto sempre, Sepharad.

Faz que sejam seguras as pontes do diálogo
e tenta compreender e estimar
as razões e as falas várias dos teus filhos.

Que a chuva caia a pouco e pouco nas semeadas
e o ar passe como uma mão estendida
suave e mui benigna sobre os vastos campos.

Que Sepharad viva eternamente
na ordem e na paz, no trabalho,
na difícil e merecida
liberdade.

Salvador Espriu

À BEIRA DO MAR

À beira do mar. Tinha
uma casa, o meu sono
à beira do mar.

Alta proa. Por livres
caminhos de água, a esbelta
barca que eu governava.

Os olhos sabiam
todo o repouso e a ordem
de uma pequena pátria.

Como necessito
contar-te o espanto
que produz a chuva nos vidros!
Hoje cai fechada a noite
sobre a minha casa.

As rochas negras
atraem-me ao naufrágio.
Cativo do cântico,
o meu esforço, inútil,
quem pode guiar-me à alva?

Ao pé do mar tinha
uma casa, um lento sono.

Salvador Espriu

MINHA CIDADE E EU

Bebeu em goles
duras vinhos zombaria
meu povo e eu.

Ouvir forte
sabre argumentos
meu povo e eu.

Tal lição
tivemos que entender
meu povo e eu.

O mesmo destino
nos uniu para sempre:
meu povo e eu.

Servidor Senhor?
Somos inseparáveis
meu povo e eu.

Temos razões
contra os ladrões e abanadores da pimenta
meu povo e eu.

Palavras Salvàvem
da nossa língua
meu povo e eu.

Em escalões inferiores
luto aprendeu
meu povo e eu.

Davallats o bem
olhar para cima
meu povo e eu.

Nós dois de pé
em atraso de ignição,
meu povo e eu.

Salvador Espriu

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