quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PINTURA - PAUL CÉZANNE

O pintor francês Paul Cézanne, verdadeiro impulsionador da arte moderna, nasceu em Aix-en-Provence, a 19 de Janeiro de 1839. Pós-impressionista, foi considerado a ponte entre o impressionismo de finais de séc. XIX e o cubismo de inícios do séc. XX. Matisse e Picasso disseram dele: «é o pai de todos nós!». Cézanne faleceu na sua terra natal, a 22 de Outubro de 1906.
Poet'anarquista
Paul Cézanne
Pintor Francês

«Auto-Retrato»
Paul Cézanne
BIOGRAFIA

Paul Cézanne nasceu em Aix-en-Provence em 19 de janeiro de 1839 e morreu na mesma cidade em 22 de outubro de 1906. Em 1852 ingressou no Collège Bourbon, de Aix, onde se tornou amigo íntimo de Émile Zola, que teve grande influência na sua formação literária. Estudou desenho na Academia de Desenho de Aix entre 1846 e 1848.

Embora contrário à vocação artística do filho, seu pai, banqueiro em Aix, permite-lhe afinal estudar pintura em Paris, em 1861. Cézanne candidata-se à Escola de Belas Artes, mas é recusado e volta à sua cidade. Retornará a Paris, contudo, matriculando-se no Ateliê Libre Suisse, onde conhece Pissarro, Monet, Sisley e Renoir.

Nessa época, ele tem grande admiração por Delacroix e Courbet. Pinta uma série de obras de inspiração romântica. Insatisfeito com o tumulto da cidade e com a sua pintura, volta a Aix para trabalhar no banco do pai.

De 1864 a 1870 divide o tempo entre Aix e Paris, fazendo uma pintura empastada, por vezes com espátula, de técnica quase brutal e, frequentemente influenciada por Veronese e Delacroix, pela composição barroca, numa movimentação desordenada que é o inverso da sua obra posterior, contrária aos temas grandiloquentes.

Após uma estadia em Aix, em 1873 vai a Auvers-sur-Oise, onde se encontra com Pissarro, que o encaminha para a pintura ao ar livre do Impressionismo. Inicia-se então a verdadeira carreira do artista. A primeira obra-prima da fase é «A casa do enforcado» (1873), seguida de uma série admirável de naturezas-mortas, tema que, pela simplicidade de motivos, será uma constante na sua obra.

De 1874 a 1877 Cézanne participou nas exposições impressionistas, mas a sua real ambição era ser aceite no famoso Salão anual, em que a crítica especializada reunia aqueles que ela considerava como os principais artistas. Cézanne, contudo, era sistematicamente rejeitado.

Diante da hostilidade do público, da crítica e mesmo de alguns de seus colegas impressionistas, Cézanne volta a Aix, indo raramente a Paris. Em 1886, rompe com Zola, por sentir-se retratado no romance «A Obra», no personagem de um pintor fracassado.

Cézanne passa a preferir o isolamento, pintando em lugares como Medan, La Roche Guyon e Gardanne, onde a sua obra atinge a maturidade, ao incorporar a experiência impressionista à conclusão de que a pintura é produto de uma reconstrução da natureza feita através de um raciocínio lógico.

Depois que os pais morrem, instala-se, em 1898, numa pequena casa de Aix, onde vive solitário com uma velha governanta. A sua arte atinge o auge da depuração nas paisagens, por exemplo, «O Grande Pinheiro», que pode ser admirada na colecção permanente do Museu de Arte de São Paulo - MASP.

Dedica-se, então, a reconstruir a arte dos grandes classicistas, modulando a cor em curtas pinceladas para dar a impressão do volume. Cézanne seria reconhecido pela crítica, por seus contemporâneos e pela posteridade por sua capacidade de executar uma arte que é, antes de tudo, «coisa mental», fundada em valores despidos de ornamentalismos, ao mesmo tempo que expressa o desenho e a construção rigorosa. Ele é o verdadeiro fundador da arte moderna.
Fonte: UOLEducação
«Jogadores de Cartas»
Paul Cézanne

«Rapaz com Colete Vermelho»
Paul Cézanne

«Homem de Cachimbo»
Paul Cézanne

«Ponte de Maincy»
Paul Cézanne

«Sena em Bercy»
Paul Cézanne

«Plano do Monte Sainte-Victoire»
Paul Cézanne

«Leda e o Cisne»
Paul Cézanne

«Medea»
Paul Cézanne

«PÓS-IMPRESSIONISMO»
PAUL CÉZANNE

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