segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PINTURA - DOMINIQUE INGRES

O pintor e desenhista francês Jean-Auguste Dominique Ingres, ou simplesmente Ingris, nasceu em Montauban a 29 de Agosto de 1780. A sua obra situa-se na transição do neoclassicismo para o romantismo, e foi considerado um dos mais importantes nomes da pintura do séc. XIX. Dominique Ingris faleceu em Paris, a 14 de Janeiro de 1867.
Poet'anarquista
Auto-Retrato por Dominique Ingris
Pintor Francês
BIOGRAFIA
Após um período de aprendizagem em Toulouse, Jean Auguste Dominique Ingres foi para Paris, estudar com Jacques-Louis David, onde se tornou um artista isolado, que preferia os temas gregos aos romanos. Ali pintou, em 1801, «Os Emissários de Agamenon», que lhe valeu o Prémio Roma.

Retratista infatigável, inicialmente mais por necessidade do que por gosto, durante toda a sua vida dedicou-se a pintar principalmente a figura feminina. 

Na Itália entre 1806 e 1834, continuou a pintar retratos: em 1807, «Madame Devaucay», além de numerosos esboços a lápis, notáveis pela habilidade e beleza. Faz, nesse período, a sua primeira incursão na pintura mitológica: «Édipo e a Esfinge».

Em Florença, descobre Rafael e o «Quattrocento» italiano. Pinta, então, «Paolo e Francesca» e, atraído pelos temas gregos, «Júpiter e Thétis», além de numerosos retratos de Napoleão e alegorias napoleónicas.

Em 1824 regressa a Paris, onde pinta, por encomenda do Estado, «O voto de Luís XIII», cujo sucesso o convence a ficar na França. É nomeado professor da Escola de Belas Artes e abre um ateliê, com numerosos alunos. Em 1827, pinta, para o Museu do Louvre, «A apoteose de Homero». 

Em 1834, depois de receber ataques da crítica, parte para a Itália, aceitando o posto de diretor da Academia de França em Roma, onde, de 1835 a 1840, formou numerosos seguidores em sua doutrina: dar ênfase ao desenho; usar a cor como acessório da pintura, e não como elemento igual ao desenho; acrescentar a lição dos grandes mestres à inventiva de cada um; preservar a pureza da visão; acentuar linhas e contornos.

Em 1841, de volta a Paris, executou o «Retrato do Duque de Orleans» e, para o duque de Luvnes, o grande mural «A Idade de Ouro», no castelo de Dampierre.

Nas décadas de 1840 e 1850 produziu numerosos retratos, e nunca deixou de pintar os admiráveis nus femininos cujo sensualismo e lirismo o classificam como romântico. Entre eles, «A fonte», de 1856, um dos seus quadros mais famosos. Pouco antes de sua morte, pinta «Banho turco», hoje no Louvre.

A fascinante galeria de retratos que deixou constitui um testemunho valioso da sociedade burguesa do seu tempo, do espírito e dos costumes dessa classe social a que ele pertencia.

Ingres também estudou música, disciplina na qual se destacou. Durante certo tempo, foi o segundo violinista da Orquestra do Capitólio, em Toulouse. Desse hobby  é que se origina a expressão francesa violon d'Ingres, que significa praticar uma outra arte, além da sua própria, ou actividade artística exercida fora de uma profissão qualquer. 

Ingres foi o maior desenhista da sua época. Em vida, foi combatido por Delacroix e pelos românticos. Depois, acabou praticamente desprezado pela crítica. Mas a sua enorme influência estende-se a Degas e numerosos outros artistas, como Picasso, que usou, em muitos dos seus quadros, referências ao estilo e aos temas de Ingres. Como retratista, a sua genialidade é incontestável. 
Fonte: UOL EDUCAÇÃO
«Apoteose de Homero»
Ingris

«Capela Sistina»
Ingris

«Ilusão Contemporânea»
Ingris

«Morte de Leonardo da Vinci»
Ingris

«Grande Odalisca»
Ingris

«Odalisca com Escrava»
Ingris

«Joana d'Arc»
Ingris

«DO NEOCLASSICISMO AO ROMANTISMO»

DOMINIQUE INGRIS

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